Greve na <i>Lufthansa</i> dá resultados
Após três jornadas de greve, a primeira de oito horas, a seguinte de 11 horas e a última, realizada dia 7, de 24 horas, a administração da companhia aérea alemã Lufthansa renunciou à subcontratação de temporários, satisfazendo uma das principais reivindicações dos tripulantes de cabine.
A Organização Sindical Independente do Pessoal de Cabine da Alemanha (UFO, sigla em alemão), que organizou a maior paralisação da história da companhia, chegou a acordo no final do último dia de greve, quando cerca de metade dos 1800 voos previstos foram cancelados, afectando mais de 100 mil passageiros.
Para além de se comprometer a oferecer contratos permanentes aos trabalhadores temporários e não voltar a recorrer no futuro ao subaluguer de tripulantes de cabina, a empresa aceitou sentar-se à mesa para negociar a actualização das tabelas salariais.
A UFO exige aumentos de cinco por cento para um período de 15 meses. A contraproposta da companhia não vai além de 3,5 por cento para um período de três anos, alegando que precisa de reduzir custos para elevar os lucros para 1,5 mil milhões de euros até 2014.
Nicoley Baublies, presidente da UFO, já advertiu que convocará novas greves caso não se alcance um acordo razoável.